A enfermeira australiana, Bronnie Ware, que trabalha com cuidados paliativos, tomando conta de pacientes em suas últimas semanas de vida, se inspirou nas histórias de várias pessoas que ela acompanhava, e escreveu o livro The Top Five Regrets of the Dying (Os cinco maiores arrependimentos de quem está morrendo).
Ela constatou que os maiores arrependimentos são:
- Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu queria, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse.
- Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.
- Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
- Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos.
- Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz.
Quando eu li pela primeira vez a reportagem, eu não concordei com a maioria dos arrependimentos, ou melhor dizendo, eu não me encaixava nesses arrependimentos.
Por que? Explico…
- Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu queria, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse.
Fazer o que ama, o que deseja (dentro dos preceitos morais, éticos, sociais, e legais), ter uma válvula de escape, SEMPRE.
Não é por causa que uma maioria das pessoas gosta de uma determinada coisa que vou ter que gostar.
- Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não está satisfeita com o seu trabalho atual e fica na zona de conforto (pra mim, é uma zona de desconforto), e pior apenas reclama, não buscando alternativas para sair da situação atual para uma situação melhor.
Quando ama o que faz, quando está satisfeito com o que trabalha e além disso, buscar alternativas que possam agregar a sua renda, paralelamente ao seu trabalho e ter a visão do que está fazendo, não tem nada melhor. O trabalho se torna prazeroso e satisfatório. Encontrar não o perfeito, mas o melhor negócio do mundo para empreender, com foco, determinação, persistência, dedicação e empenho, não tem preço.
- Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
Extravasar e transbordar para fora os seus sentimentos, não significa expor as fragilidades, e sim ser verdadeiro e sincero consigo mesmo e também para com as pessoas que amamos.
Lembro muito bem quando a minha filha mais velha estava na fase inicial da adolescência, quando ela contou me primeiro, antes de contar para a mãe, que ela tinha beijado pela primeira vez. Eu fiquei feliz, pois eu disse para ela que o beijo em si é um ato do bem, quer dizer, tem um sentimento que é do bem, não causa um sentimento ruim ou mal.
A mesma situação com o amar!
O AMOR!
- Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos.
Sim, as pessoas estão ao mesmo tempo mais próximas e ao mesmo tempo longe uma das outras, apesar da tecnologia encurtar o tempo e amenizar um pouco a distância.
As grandes e verdadeiras amizades estão ficando cada vez mais raras, infelizmente.
- Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz.
Ser mais feliz!
O que é ser feliz?
Na minha opinião, ser feliz é conseguir atingir o equilíbrio, o bem-estar e a harmonia interna, quer dizer a paz interior, com o exterior, tanto na vida pessoal, amorosa e profissional. Estar bem consigo e para com as pessoas que estão ao nosso redor, um equilíbrio pessoal e interpessoal.
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